Conversa de Jorge Ben

– Alô, Comanche!

– Alô, alô, como vai?

– Cara, estou abatido… Foi a mais linda história de amor
 e agora eu vou contar para você

– Não sei não, assim você acaba me conquistando

– Deixe de ser chato, Comanche, me escute. Lá fora estava chovendo, e eu corria para ver o meu amor, toda de branco. Chovia, a chuva. Ela passava e não me olhava… Mas eu olhava pra ela. Ela não me dizia nada…

– Take it easy my brother…

– Eu sofri, Comanche… O telefone tocava novamente, eu ia atender e não era meu amor. Ela já não gostava mais de mim, mas continuo gostando dela mesmo assim

– Que pena

– Pois está fazendo um ano e meio…

– Que viúva é essa que todos querem?

– Comanche, ela tem um dote físico e financeiro… invejável

– Eu quero ver

– Comanche… Pois eu vou fazer uma prece… Eu canto o amor, eu canto a alegria,
eu canto a fé. Por que ela não pensa e volta pra mim?

– Brother, você nasceu pra viver contente, com toda gente… Só depende de você viver essa alegria

– E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia

– Minha mãe me chama, pois os alquimistas estão chegando

– Roberto, corta essa!

– Corta! Mais uma vez…

– Alô, Comanche!

 

Vocês conseguem adivinhar quantas músicas de Jorge foram usadas neste diálogo?

Publicado em Novas Histórias

 

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