Ode ao líquido

Sua negritude me enaltece
O amargo de seu sabor estremece minha língua
Desejo mais
Meu corpo grita pela inquietação de seu efeito sobre meus neurônios
Esquenta meus pensamentos
E me conforta com seu aroma de fazenda
Peculiar, transformar a noite em dia
Repleto de prazeres sombrios
Seu suor, seu pó
Agita minha manhã dengosa
Saio da cama por você
Não fosse assim, meu sono seria fúnebre
As mazelas da vida são deixadas de lado
Traz em mim a libido da excitação
Afaga-me com o encanto de acordar
Levanta meu corpo para o trabalho
Torna-me um produto de massa
Me amassa, me despreza, me deforma
Esfrega sua cor escura embaixo de meus olhos
Não te quero mais

Dia do Café

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